domingo, 24 de maio de 2009

Os SoftWares que faz Restauração de material sonoro

Existem dois que são os mais usados, o CEDAR (Computer Enhanced Digital Audio Restoration), indicado para masters com mais problemas (geralmente os mais velhos), e o Sonic Solutions para masters mais recentes e LP's ou acetatos 78 RPM que sejam usados como master. O CEDAR reconstrói um trecho danificado porque analisa a parte anterior e posterior a ele. Por analogia, seria como se você estivesse cantando uma música que conhece e ela fosse interrompida por 1, 2 ou 3 segundos. Neste caso você saberia aquela parte que foi interrompida porque ouviu o antes e o depois daquele trecho. Mas o CEDAR não consegue restaurar trechos que estejam danificados por mais de 3 segundos, porque com essa duração ele perderá os parâmetros estabelecidos pelos 2 segundos anteriores ao trecho danificado e conseqüentemente o aúdio terá que ser processado mais vezes pelo software (normalmente mais 3 processamentos do mesmo trecho danificado). Os trechos que esse software restaura necessitam de algum resquício do áudio que anteriormente estava gravado. O Sonic Solutions retira cada click (aquele estalido ouvido quando a agulha passa em determinado ponto do disco de vinil, que esteja riscado) em tempo real, ou seja, ao mesmo tempo da reprodução do áudio do master (LP, acetato 78 RPM) ele vai retirando esses ruídos. Depois que o áudio do master passa pelo filtro ele fica armazenado no HD (Hard Disk, ou disco rígido) do computador, e se necessitam HDs enormes (500 GB) para guardar esse áudio, já que para não haver perdas não pode haver de forma nenhuma qualquer tipo de compressão do áudio. Até 1993 os computadores desses estúdios tinham velocidade de 1 GHz, a partir de 1993 de 5 GHz, e atualmente possuem 15GHz (1).

Há Diferença de fidelidade na reprodução do audio ???

O master em fita magnética (35mm) ou até mesmo em LPs de 78 RPM (utilizados quando a master original não mais existe) passa por um filtro (analógico) que retira somente os chiados mais perceptíveis e equaliza o som, mas em nada diminui a qualidade do áudio do master. Este processo é essencial pelo fato de que se o áudio do master for diretamente para o software, a restauração não terá qualidade, o software terá problemas em reconhecer tantos problemas ao mesmo tempo e acabará confundindo áudio com chiado. Os profissionais que fazem remasterizações consideram o restauro de gravações de orquestras (seja de score ou não) mais complexos, pois se trabalha com nuances muito sutis que se não forem tratadas de forma correta acabam sendo suprimidas, e a gravação perde a qualidade sonora originalmente proposta. Um master em fita magnética tem a vida média de 2 anos, a partir deste tempo precisa ser restaurado. Depois de remasterizado, o áudio é gravado em masters digitais, neste processo ocorre como se estivesse se fazendo uma master de uma gravação digital de hoje. Quando se remasteriza tendo como fonte as masters em fita magnética, a nova master digital será do mesmo tipo das usadas nas gravações digitais de hoje; no caso de LPs, acetatos 78 RPM ou outra fonte que não tenha muita fidelidade, a master digital será um CD regravável (diferente dos usados comercialmente) de alta qualidade ou DDP (fita de 8mm que grava em formato digital, serve para fazer gravações de reserva).


Alta fidelidade é a reprodução de áudio feita por um aparelho de som com a maior fidelidade possível ao som real. Para tal, deseja-se minimizar os efeitos de ruídos e distorções.
Os aparelhos de som de alta fidelidade utilizam o conceito minimalista em que se acredita que quanto menos estágios tiver entre o som captado, gravado, reproduzido e amplificado, menos interferências ele vai ter em relação ao original e maior será a fidelidade.
Os aparelhos de som antigos de alta fidelidade são considerados vintage pela raridade (toca-discos LP ou vinil) e por não mais serem fabricados (como os gravadores de rolo), sendo muitas vezes a qualidade sonora melhor do que os aparelhos convencionais atuais, dentre outros motivos.
Tipos de Suporte para Gravação de Som
ADAT, Disco de goma-laca (acetato) ou de 78 rpm, Disco de vinil, Bobina (Fita de Rolo), Cassete, Cartucho, DCC, DAT, CD, DVD, Mini-Disk, Super Audio CD (SACD), Equipamentos de Áudio, Amplificadores eletrônicos.
Em alta fidelidade o Amplificador é um aparelho eletrônico que eleva os níveis de tensão dos sinais de áudio. É muitas vezes empregado para designar o conjunto preamplificador e amplificador de potência ou o Amplificador Integrado. Preamplificador é o estágio de um amplificador de áudio que recebe o sinal da fonte sonora, tais como o gravador cassete (tape deck), o receptor (receiver)e o toca-discos (turntable) de baixo nível e corrige-o, entregando em sua saída um sinal suficientemente elevado para excitar o amplificador de potência.
Para se ouvir o disco, desde o início, a agulha é colocada na borda externa do disco. As velocidades de rotação do prato podem ser de 16, 33 e 1/3, 45 ou 78 RPM (Rotações por minuto), dependendo do modelo do toca-discos e do disco que será tocado.
Bobine é um método de gravação de som que utiliza uma fita de material plástico, com uma cobertura metálica magnetizável, desenvolvido em 1934. É dos métodos de gravação e reprodução sonora mais fiáveis, sendo ainda hoje utilizado nos estúdios profissionais ou para audição de alta fidelidade em residências.
O gravador de bobines é assim chamado pois a fita se encontra armazenada num carreto ou carretel, sendo desenrolada e, após passar pelas cabeças de leitura e/ou de gravação, é enrolada novamente em outro carreto. Estes dois carretos são peças separadas, desse modo o manuseio dos mesmos é desconfortável, trabalhoso e sujeito ao acúmulo de poeira.
Os tamanhos das bobines são variáveis, sendo que as mais usadas são de de 15 ou 17 cm de diâmetro.

Esse sistema deu origem à fita cassete, que é menor e mais prática, pois é um sistema selado.
O cassete é um tipo de gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da firma holandesa Philips, que era basicamente o mesmo que a gravação em bobines, só que os carretos e todo o mecanismo de movimento da fita se encontrava encerrado numa caixa plástica, facilitando o manuseamento e a utilização. De facto, permitia substituir e rodá-la sem se ter que rebobinar toda a fita. Além disso o seu tamanho, 10cm X 7cm, numa caixa plástica diminuia drasticamente o espaço ocupado.

O Que é Remasterização ???

REMASTERIZAÇÃO

Em seu sentido literal, REMASTERIZAR significa fazer um novo master para a mídia a ser usada, seja ela CD, SACD, DVD, DVD-Áudio. Suponhamos que se faça uma cópia de um master antigo com problemas de áudio (ruídos, distorções) para um master digital com seu áudio inalterado: isto já seria uma remasterização, mas ficou convencionado que remasterização é a recuperação de áudio ou vídeo a fim de se obter uma qualidade superior.

sábado, 23 de maio de 2009

O Que é Masterização ???

O que é masterização e por que fazê-la?

Masterizar é a arte de ouvir cuidadosamente uma mixagem completa com objetivo de apurar e corrigir deficiências sonoras e problemas. Veja uma analogia: Um trabalho bem mixado é como um ótimo par de sapatos, e a masterização é como um polimento, que dará brilho e realçará o melhor de sua confecção. Algumas falhas que se tornam aparentes após a mixagem podem ser eliminadas ou minimizadas no processo de masterização. Os mais sérios engenheiros de mixagem e produtores reconhecem a importância de um bom serviço de masterização e o que ela pode fazer por seu produto final. Raramente você encontrará um álbum profissional sem a expressão "Masterizado por ..., (Mastered by ...) " em seus créditos. Atualmente, a masterização é uma etapa imprescindível em todo projeto e saiba você, que masterizar é muito mais que girar e pressionar botões: é também uma arte.



Descrição "não técnica" dos principais itens tratados durante o processo de masterização:

NÍVEIS: As canções e os níveis do programa precisam ser ajustados para manter uma proporcionalidade de canção para canção.Nas fitas DAT, as mixagens podem somente ser altas (zero digital). Se uma mixagem possui picos transientes (caixa, por exemplo) que ultrapassa o nível médio do programa, o volume geral pode parecer mais baixo, comparado com outras mixagens. Nossa masterização fará correções nos transientes usando um "read-ahead" digital limiter ou algumas vezes simplesmente redesenhando a forma de onda do pico com objetivo de elevar o volume geral.

RUÍDO: O ruído é um grande inimigo. Nosso processo de masterização removerá ruídos indesejáveis no início e fim do seu material.Quando ruídos do sistema podem ser percebidos mas não eliminados com equalização podemos utilizar um sistema de redução de ruídos inteligente.
DE-ESSING: A "sibilância" (ssssssss) pode ser reduzida utilizando-se uma compressão dependente de freqüência.

CARACTERÍSTICAS TONAIS (EQUALIZAÇÃO): Enquanto a maioria das mixagens podem soar "matadoras", elas podem ser extremamemte melhoradas através de um cuidadoso ajuste de EQ (equalização). Um problema comum na maioria das mixagens é o das freqüências mascaradas, que ocorre tanto em mixagens realizadas em casa quanto em mixagens realizadas em super estúdios.

ADIÇÃO DE EFEITOS: A masterização pode ser um momento para se acrescentar efeitos de alta qualidade a uma gravação a qual o artista/produtor considerem muito "seca" ou deixando a desejar de alguma forma. Utilizado com bom senso este tipo de procedimento pode propiciar grandes resultados. Alguns efeitos momentâneos podem ser desejados, um eco ou "delay" em uma pequena parte de uma parada da bateria ou em um solo de sax por exemplo.

COMPRESSÃO: A compressão é utilizada para estreitar a diferença entre o os sinais mais altos e mais baixos no material gravado. Compressão não necessita ser utilizada a menos que haja um problema perceptível.Por exemplo, se o ouvinte precisa subir o volume durante as partes mais baixas da canção, a compressão pode ser necessária. Podemos utilizar compressores analógicos ou fazê-la digitalmente.

EDIÇÃO: Muitos versos antes do refrão? O primeiro refrão está fraco comparado com os demais? Não há problema. Muitas vezes é possível copiar e/ou mover partes de uma canção. Fades in/out (entrada e saída) das canções podem ser realizadas com extrema precisão. A seqüência das canções no CD pode ser completamente diferente da ordem em que foram gravadas na fita DAT.